segunda-feira, 15 de junho de 2009

Transporte nas plantas: Floema

O floema é formado por células alongadas, cilíndricas, formadas pelo meristema apical (nas extremidades do caule ou dos ramos), ou pelo câmbio vascular que forma o floema secundário da sua porção externa.




O floema normalmente vem mais externamente do que o xilema. Mas acontece que, em raízes de crescimento primário (em altura), o floema e o xilema se alternam - isto acontece devido à desorganização dos órgãos das plantas. Já em raízes de crescimento secundário (espessura), o floema fica mais externamente e o xilema mais internamente. Acontece o inverso em alguns casos de famílias de dicotiledôneas, o xilema para fora e floema mais para dentro, chamado de floema incluso, devido ao crescimento em excesso de algum órgão em espessura.


Em botânica, o floema é o tecido das plantas vasculares encarregado de levar a seiva elaborada pelo caule até à raiz e aos órgãos de reserva.




Hipótese do fluxo de massa




Esta hipótese baseia-se na existência de um gradiente de concentração de sacarose entre os órgãos produtores e os órgãos consumidores ou de armazenamento.





  1. A glicose é convertida em sacarose no mesofilo, antes de chegar ao floema;


  2. Por transporte activo a sacarose passa para as células companhia (que produzem energia) e destas para os tubos crivosos (através das conexões plasmáticas);


  3. À medida que aumenta a concentração de sacarose no floema, aumenta também a pressão osmótica, em relação aos tecidos circundantes (xilema e parênquima);


  4. A água entra por osmose nos tubos crivosos, aumentando a pressão de turgescência;


  5. A pressão de turgescência empurra a seiva através das placas crivosas, movendo-se a seiva das zonas de maior pressão para as zonas de menor pressão;


  6. Conforme as necessidades da planta, a sacarose vai passando para os locais de consumo e reserva (pensa-se que por transporte activo);


  7. Nos tubos crivosos o meio fica hipotónico (a pressão osmótica decresce), pelo que a água tende a sair por osmose;


  8. Nos órgãos de consumo e reserva a sacarose é degrada em glicose (e usada na respiração celular ou como componente de outros compostos), ou polimeriza-se em amido (ficando em reserva).


Reflexão: As plantas mais simples, como os musgos e as hepáticas, não possuem tecidos especializados na condução de substâncias. A água circula na célula em célula por osmose, regulada por gradientes de concentração de solutos. Estes produtos, resultantes da fotossíntese ou de sais absorvidos do exterior, atravessam as membranas por difusão ou por transporte activo. Estas plantas ficam, assim, limitadas a tamanhos reduzidos e à colonização de ambientes húmidos. O fluxo de seiva elaborada, através do floema, ocorre em direcção a todos os órgãos da planta. Note-se que nem todas as células da planta são fotossintéticas, mas todas necessitam de moléculas orgânicas produzidas na fotossíntese para garantir o seu funcionamento.

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Floema

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